sábado, 5 de junho de 2010
Dona Hipotenusa e seus dois catetos
Apaixonado, o quociente a olhou do vértice a base, de todos os ângulos, quer fossem retos, agudos, ou obtusos.
Era linda: olhar rombóide, boca trapezóide e corpo cinlíndrico.
_Quem és tu? perguntou o quociente com olhar radical.
Ela, com uma expressão algébrica de quem ama, respodeu:eu sou a raiz quadrada da soma do quadrado dos catetos, mas pode me chamar de Hipotenusa.
Ele fez de sua vida uma paralela à dela, até que se encontraram no inifinito.Amaram-se na velocidade da luz, e saíram traçando retas e curvas, até que ela sentiu que ele tinha bastante potência.Os dois se amavam.Por um teorema anterior, concluíram que se adoravam nas mesmas razões e proporções.
Resolveram se casar e montar um lar, ou melhor, uma perpendicular.Juntos traçaram planos e diagramas para o futuro, pois queriam uma felicidade integral.
Quando tudo estava nos eixos, ele com todas as coordenadas, resolveram ter alguns números, torcendo para que fossem todos irmãos, pois os filhos dos mesmos pais jamais poderiam ser primos.
Nos três primeiros anos de casados conseguiram ter um casal.O menino, um diâmetro.A menina, uma secante.O amor entre os dois crescia em proporção geométrica.Eram felizes até que um dia tudo se tornou uma constante.
Foi aí que surgiu o outro, sim, um outro, o máximo divisor comum, um frequentador do círculo vicioso.O mínimo que o máximo ofereceu foi, de cara, uma grandeza absoluta.
Quando o quociente tornou-se consciente desta regra de três, numa fração de segundo encontrou a solução.Sentindo-se um denominador comum fracassado, resolveu tomar providências, saindo de mansinho pela tangente.
Autor desconhecido
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