Roberto Carlos e Ivete Sangalo

terça-feira, 12 de julho de 2011

Férias!!




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Despedida!


Despedida

Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.

Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.

Que procuras? Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?

Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.

Cecília Meireles

sábado, 2 de julho de 2011

Diferença entre o amor e a paixão!


A paixão é sempre um tema polêmico e controverso. Ao mesmo tempo em que todos “querem” estar apaixonados, e querem viver a doçura de um “amor” correspondido, acabam por sofrer as consequências de um sentimento desde sempre confundido por outro muito mais puro e genuíno: o AMOR.

Paixão não é amor. Acredito que o único amor que existe é o amor fraterno. É aquele amor humano que, quando existente, pode ser expressado por qualquer um. Pai, mãe, irmãos, amigos e diante de certo desenvolvimento espiritual, até por gente com quem nos indispomos.

O que se chama de “Amor Romântico” nada mais é, no meu ponto de vista, do que outro nome para a paixão amorosa. Esta é egoísta e possessiva por natureza. No começo é rosa, no fim – e para a paixão sempre haverá um fim – é cinza. Quem nunca esteve apaixonado por alguém, e no decorrer desta paixão, sentiu pela mesma pessoa aquele ódio incontrolável, normalmente quando a pessoa não corresponde nossos anseios, ou nossas expectativas em relação ao comportamento mantido por ela.

Em minha “humilde” experiência amorosa, em épocas atrás, quando apaixonado, não raras vezes eu me via em posição de “competição” com o ser “amado”. Era uma paixão digamos… “semi-correspondida”, mas em certas ocasiões, a pessoa vivia certas experiências interessantes sem mim (sem a minha “ilustre” presença) e isso me provocava muita raiva e mágoa. E quando a situação se invertia, eu lhe contava minhas experiências, prestando sórdida atenção à reação negativa e ciumenta da parte dela. Como observou Wilde, uma pessoa bem educada jamais fere os sentimentos de outra… sem querer!

Mágoa é quando os outros não são como gostaríamos que fossem. Depois que aprendi esse pequeno e importante conceito, comecei a entender o que estava se passando. E em entendendo que a pessoa por quem eu alimentava essa paixão (ou obsessão), por seu modo de vida muito diferente do meu, jamais viria a ser como “eu esperava (queria) que fosse”, fui aos poucos “largando” a necessidade de “tê-la” comigo. E dentro deste entendimento, a agradecia mentalmente e desejava sua felicidade, onde quer que fosse. E deu que cada um tomou seu rumo.

É, o entendimento liberta. O ego, idealista, sempre achou que minha vida não seria “do jeito que tinha que ser” sem aquela menina. Mas se você dar “trela” pro seu ego, estará f. Esquece, o mundo, as pessoas, não tem de ser do jeito que você espera, ou imagina. Cada um é cada um. Mesmo que lhe prometam certo comportamento, são humanas, falhas, limitadas. A realidade é o que “é” e, ou aceitamos, entendemos e libertamos os outros de nossas expectativas egoístas, ou viveremos sob uma luta eterna contra a realidade, que não poderá jamais ser mudada a nosso bel-prazer.

Acredito que a paixão é um mecanismo da natureza para promover a procriação da espécie humana, conseguindo esta procriação com pares que de outra forma, não suportariam um ao outro.

É inegável que viver uma paixão correspondida é o paraíso na terra. Nos sentimos mais vívidos, mais animados, até mais saudáveis. Porém o importante é termos a ciência de que é algo passageiro, e que um relacionamento verdadeiro deve ser embasado sobre sentimentos profundos como respeito, amizade, amor fraterno. E não sobre entusiasmos e empolgações súbitas e passageiras.

É inevitável e natural. Você vai se apaixonar, vai intentar se apossar do ser “amado” e controlá-lo. Sentirá ciúmes e criará expectativas. Se frustrará, se magoará e vai chorar. É da vida que seja assim. Mas se tiver consciência do que está acontecendo com você, certamente saberá se conduzir com elevação e nobreza, e não submetido à instintos, irracionais e inconscientes.

Ronaud Pereira
Ronaud!com

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Recomeçar é preciso...






Não sei dizer se a vida nos cansa ou se nós é que nos sentimos fadigados às vezes da existência. Nos repetimos sempre. Ou quase. E nos lamentamos desse dia-a-dia onde nos levantamos, trabalhamos, regressamos e descansamos para no dia seguinte recomeçarmos.
Mas é essa a vida e muitos não aceitariam mudança nenhuma se a oportunidade lhes fosse oferta. Ter que recomeçar alguma coisa abala muita gente, pois mesmo a vida corriqueira e imutável causa segurança. Conhece-se os caminhos, os atalhos, os desvios, as curvas a serem evitadas.
A consciência de ter que recomeçar é que nos faz sofrer, duvidar, temer. Medimos nossa capacidade e com bastante freqüência... nossa incapacidade! Se não medirmos nada, avançaremos como as crianças avançam nos primeiros passos, titubeantes, mas orgulhosos.
A mente humana é um poderoso instrumento. Ela condiciona, impõe, impede, impele, comanda... mas nem sempre no bom sentido. Ela sente, ressente, guarda as impressões e as marcas que a vida vai fazendo ao longo dos anos. E se pensamos em recomeçar alguma coisa, ela acende a luz vermelha em sinal de atenção. Assim é que muitos paralisam-se e não fazem nada. Acomodam-se.
Porém, a vida nos impõe recomeços a cada instante e os seguimos com
naturalidade, fazemos nossa parte. Somos condicionados e nem nos questionamos.
Me pergunto então por que não nos condicionamos a viver coisas novas, experimentar nem que seja por uma vez ousar. Se é nossa mente que nos comanda e que somos donos de nós, por que não pegarmos as rédeas, o comando?
A vida desabrocha por todos os cantos e precisamos vivê-la. Mas bem vivê-la. Deus nos criou para sermos felizes, não para passarmos os dias perdidos em lamentos sem tomar atitudes.
Avança!
Recomeçar é preciso quando o que temos já não nos satisfaz. E recomeçar é sempre possível quando colocamos de lado as dúvidas, pois perdedor na vida não é quem tentou e não conseguiu, mas sim aquele que abandonou a coragem e perdeu a fé.


Letícia Thompson