sábado, 31 de julho de 2010
Mulheres!
Existem várias lendas sobre a origem da Mulher.
Uma diz que Deus pôs o primeiro homem a dormir, inaugurando assim a anestesia geral, tirou uma de suas costelas e com ela fez a primeira mulher.
E que a primeira provação de Eva foi cuidar de Adão e agüentar o seu mau humor, enquanto ele convalescia da operação.
Uma variante desta lenda diz que Deus, com seu prazo para a Criação estourado, fez o homem às pressas, pensando “Depois eu melhoro”, e mais tarde, com tempo, fez um homem mais bem-acabado, que chamou Mulher, que é “melhor” em aramaico.
Outra lenda diz que Deus fez a mulher primeiro, e caprichou nas suas formas, e aparou aqui e tirou dali, e com o que sobrou fez o homem só para não jogar barro fora.
Zeus teria arrancado a mulher de sua própria cabeça.
Alguns povos nórdicos cultivam o mito da Grande Ursa Olga, origem de todas as mulheres do mundo, o que explica o fato das mulheres se enrolarem periodicamente em pêlos de animais, cedendo a um incontrolável impulso atávico, nem que seja só para experimentar, na loja, e depois quase desmaiar com o preço.
Em certas tribos nômades do Meio Oriente ainda se acredita que a mulher foi, originariamente, um camelo, que na ânsia de servir seu mestre de todas as maneiras foi se transformando até adquirir sua forma atual.
No Extremo Oriente existe a lenda de que as mulheres caem do céu, já de kimono.
E em certas partes do Ocidente persiste a crença de que mulher se compra através dos classificados, podendo-se escolher idade, cor da pele e tipo de massagem.
Todas estas lendas, claro, têm pouco a ver com a verdade científica. Hoje se sabe que o Homem é o produto de um processo evolutivo que começou com a primeira ameba a sair do mar primevo, e é o descendente direto de uma linha específica de primatas, tendo passado por várias fases até atingir o seu estágio atual e aí encontrar a Mulher, que ninguém ainda sabe de onde veio.
É certamente ridículo pensar que as mulheres também descendem de macacos. A minha mãe, não!
Uma das teses mais aceitáveis sobre o papel da mulher na evolução do homem é a de que o primeiro encontro entre os dois se deu no período paleolítico, quando um homo-sapiens mas não muito, chamado, possivelmente, Ugh, saiu para caçar e avistou, sentado numa pedra, penteando os cabelos, um ser que lhe provocou o seguinte pensamento, em linguagem de hoje:
”Isso é que é mulher e não aquilo que tenho na caverna”.
Ugh aproximou-se da mulher e, naquele seu jeitão, deu a entender que queria procriar com ela.
”Agh maakgrom grom”, ou coisa parecida. A mulher olhou-o de cima a baixo e desatou a rir.
É preciso lembrar que Ugh, embora fosse até bem apessoado pelos padrões da época, era pouco mais do que um animal aos olhos da mulher. Tinha a testa estreita e as mandíbulas pronunciadas e usava gordura de mamute nos cabelos.
A mulher disse alguma coisa como “Você não se enxerga, não?” e afastou-se, enojada, deixando Ugh desolado. Antes dela desaparecer por completo, Ugh ainda gritou: “Espera uns 10 mil anos pra você ver!”, e de volta à caverna exortou seus companheiros a aprimorarem o processo evolutivo.
Desde então, o objetivo da evolução do homem foi o de proporcionar um par à altura para a mulher, para que, vendo o casal, ninguém dissesse que ela só saía com ele pelo dinheiro, ou para espantar assaltantes.
Se não fosse por aquele encontro fortuito em alguma planície do mundo primitivo, o homem ainda seria o mesmo troglodita desleixado e sem ambição, interessado apenas em caçar e catar seus piolhos, e um fracasso social.
Mas de onde veio a primeira mulher, já que podemos descartar tanto a evolução quanto as fantasias religiosas e mitológicas sobre a criação?
Inclino-me para a tese da origem extraterrena. A mulher viria (isto é pura especulação, claro) de outro planeta.
Venho observando-as durante anos – inclusive casei com uma, para poder estudá-las mais de perto – e julgo ter colecionado provas irrefutáveis de que elas não são deste mundo. Observei que elas não têm os mesmos instintos que nós, e volta e meia são surpreendidas em devaneio, como que captando ordens de outra galáxia, embora disfarcem e digam que só estavam pensando no jantar. Têm uma lógica completamente diferente da nossa. Ultimamente têm tentado dissimular sua peculiaridade, assumindo atitudes masculinas e
fazendo coisas – como dirigir grandes empresas e xingar a mãe do motorista ao lado – impensáveis há alguns anos, o que só aumenta a suspeita de que se trata de uma estratégia para camuflar nossas diferenças, que estavam começando a dar na vista.
Quando comentamos o fato, nos acusam de ser machistas, presos a preconceitos e incapazes de reconhecer seus direitos, ou então roçam a nossa nuca com o nariz, dizendo coisas como “ioink, ioink” que nos deixam arrepiados e sem argumentos.
Claramente combinaram isto. Estão sempre combinando maneiras novas de impedir que se descubra que são alienígenas e têm desígnios próprios para a nossa terra.
É o que fazem, quando vão, todas juntas, ao banheiro, sabendo que não podemos ir atrás para ouvir.
Muitas vezes, mesmo na nossa presença, falam uma linguagem incompreensível que só elas entendem, obviamente um código para transmitir instruções do Planeta Mãe.
E têm seus golpes baixos. Seus truques covardes. Seus olhos laser, claros ou profundamente escuros, suas bocas.
Meu Deus, algumas até sardas no nariz. Seus seios, aqueles mísseis inteligentes. Aquela curva suave da coxa, quando está chegando no quadril, e a Convenção de Genebra não vê isso!
E as armas químicas – perfumes, loções, cremes. São de uma civilização superior, o que podem nossos tacapes contra os seus exércitos de encantos?
Breve dominarão o mundo. Breve saberemos o que elas querem. Se depois de sair este artigo, eu for encontrado morto com sinais de ter sido carinhosamente asfixiado, como um sorriso, minha tese está certa. Se nada me acontecer, sinal de que a tese está certa, mas elas não temem mais o desmascaramento.
O que elas querem, afinal?
Se a mulher realmente veio ao mundo para inspirar o homem a melhorar e ser digno dela, pode ter chegado à conclusão de que falhou, que este velho guerreiro nunca tomará jeito. Continuaremos a ser mulheres com defeito, uma experiência menor num planeta inferior. O que sugere a possibilidade de que, assim como veio, a mulher está pronta a partir, desiludida conosco.
E se for isso que elas conspiram nos banheiros? A retirada? Seríamos abandonados à nossa própria estupidez. Elas levariam as suas filhas e nos deixariam com caras de Ugh.
Posso ver o fim da nossa espécie. Nossos melhores cientistas abandonando tudo e se dedicando a intermináveis testes com a costela, depois de desistir da mulher sintética. Tentando recriar a mágica da criação.
Uma mulher, qualquer mulher, de qualquer jeito! Prometemos que desta vez não as decepcionaremos! Uma mulher! Como é que se faz uma mulher?
Luís Fernando Veríssimo
Reforma ortográfica!
2009 foi o ano da reforma ortográfica.
Em casos como AUTOESTIMA o hífen cai. A tua é que não pode cair.
Em algumas palavras o acento desaparece, como em FEIURA. Aliás, poderia desaparecer a palavra toda.
O acento também cai em IDEIA, só que dela a gente precisa. E muito.
O trema sumiu em todas as palavras, como em INCONSEQUÊNCIA, que também poderia sumir do mapa. Assim, a gente ia viver com mais TRANQUILIDADE.
Mas nem tudo vai mudar. ABRAÇO continua igual. E quanto mais apertado, melhor.
AMIZADE ainda é com "z", como vizinho, futebolzinho, barzinho.
Expressões como "Eu te amo." continuam precisando de ponto. Se for de exclamação, é PAIXÃO, que continua com "x", como ABACAXI, que gostando ou não, a gente vai ter alguns para descascar.
SOLITÁRIO ainda tem acento, como SOLIDÁRIO, que só muda uma letra, mas faz uma enorme diferença.
CONSCIÊNCIA ainda é com SC, como SANTA CATARINA, que precisa tocar a vida pra frente.
E por falar em VIDA, bom, essa muda o tempo todo, e é por isso que emociona tanto.
Autor desconhecido
sexta-feira, 30 de julho de 2010
A Evolução da Educação.
Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia...Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas..
Leiam relato de uma Professora de Matemática:
Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavo s, para evitar receber ainda mais
moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer. Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se
convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem
entender. Por que estou contando isso? Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:
1. Ensino de matemática em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de
produção é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?
2. Ensino de matemática em 1970:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual
a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?
3. Ensino de matemática em 1980:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Qual é o lucro?
4. Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00
5. Ensino de matemática em 2000:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. O lucro é de R$20,00. Está certo?
( )SIM ( ) NÃO
6. Ensino de matemática em 2009:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00.
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00
( )R$ 100,00
7. Em 2010 vai ser assim:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00.
(Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder)
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00
( )R$ 100,00
E se um moleque resolve pichar a sala de aula e a professora faz com
que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a
professora provocou traumas na criança.
Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável.
“Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta
melhor para nossos filhos...
Quando é que 'pensarão' em deixar filhos
melhores para o nosso planeta?"
Carta de um Químico!
Berílio Horizonte, zinco de benzeno de 2000.
Querida Valência:
Não estou sendo precipitado e nem desejo catalisar nenhuma reação irresversível entre nós dois, mas sinto que estrôncio perdidamente apaixonado por você. Sabismuto bem que a amo. De antimônio posso lhe assegurar que não sou nenhum érbio e que trabário muito para levar uma vida estável.
Lembro-me de que tudo começou nurârio passado, com um arsênio de mão, quando atravessávamos uma ponte de hidrogênio. Você estava em um carro prata, com rodas de magnésio. Houve uma atração forte entre nós dois, acertamos os nossos coeficientes, compartilhamos nossos elétrons, e a ligação foi inevitável. Inclusive depois, quando lhe telefonei, mesmo tomada de enxofre, você respondeu carinhosamente:
"Proton, com quem tenho o praseodímio de falar?" Nosso namoro é cério, estava índio muito bem, como se morássemos em um palácio de ouro, e nunca causou nehum escândio. Eu brometo que nunca haverá gálio entre nós e até já disse quimicasaria com você.
Espero que você não esteja saturada, pois devemos buscar uma reação de adição e não de substituição. Soube que a Inês lhe contou que eu a embromo: manganês cuidar do seu cobre e acredite níquel digo, pois saiba que eu nunca agi de modo estanho. Caso algum dia apronte alguma, eu sugiro que procure um avogrado e que me metais na cadeia.
Sinceramente, não sei por que você está a procura de um processo de separação, como se fóssemos misturas e não substâncias puras! Mesmo sendo um pouco volátil, nosso relacionamento não pode dar errádio. Se isso acontecesse, irídio embora urânio de raiva.
Espero que você não tenha tido mais contato com o Hélio (que é um nobre!),
nem com o Túlio e nem com os estrangeiros (Germânio, Polônio e Frâncio). Esses casos devem sofrer uma neutralização ou, pelo menos, uma grande diluição. Antes de deitar-me, ainda com o abajur acesio, descalcio meus sapatos e mercúrio no silício da noite,
pensando no nosso amor que está acarbono e sinto-me sódio. Gostaria de deslocar este equilíbrio e fazer com que tudo voltasse à normalidade inicial. Sem você minha vida teria uma densidade desprezível, seria praticamente um vácuo perfeito. Você é a luz que me alumíno e estou triste porque atualmente nosso relacionamento possui pH maior que 7, isto é, está naquela base.
Aproveito para lembrar-lhe de devolver o meu disco da KCl.
Saiba, Valência, que não sais do meu pensamento, em todas as suas camadas.
Abrácidos do:
Leantânio
Desconheço autoria
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Esteja pronto para estar errado!
Reconhecer que não sabemos algo é talvez o passo mais importante para crescer, tanto na vida profissional quanto na vida pessoal.
Muita gente diz que quer aprender, mas se recusa a aceitar a orientação de quem é mais experiente. Dizer “não sei” é difícil, e esse é um dos grandes problemas dos brasileiros. O brasileiro tem uma dificuldade imensa em admitir que não sabe algo.
Algumas pessoas me perguntam por que não conseguem se concentrar nos estudos. Digo a elas que reflitam sobre a pretensão. Muitas pessoas pensam que já sabem tudo. Por isso, quando se dispõem a estudar, não encontram motivação. É pura falta de humildade.
Reconhecer que não sabemos algo é talvez o passo mais importante para crescer. Confúcio dizia que o mar recebe a homenagem de todos os rios porque se coloca em um nível abaixo deles.
Se você não sabe algo, mas assume ares de expert no assunto, só vai continuar na sua santa ignorância — que, aliás, de santa não tem nada.
Há basicamente duas maneiras de aprender: a primeira é descobrir tudo sozinho e arcar com todas as consequências e custos. Existem coisas que a gente só aprende assim. É por isso que os mestres do Oriente dizem que há coisas que você tem de aprender, mas ninguém pode lhe ensinar — como amar o próximo ou valorizar a vida.
A segunda maneira é pedir ajuda a alguém que já sabe o que você quer aprender. Então, novas possibilidades se abrirão. Todavia, para utilizar esse caminho, precisamos saber pedir. É preciso pedir com clareza, porque ninguém é obrigado a adivinhar nossas dúvidas e descobrir o que queremos. Também é preciso ter humildade para se colocar na posição de aprendiz e ser sábio ao escolher os orientadores mais adequados.
Um livro, um bom professor, um curso, um estágio podem encurtar o caminho e facilitar bastante seu aprendizado. Muitas vezes, um especialista é capaz de multiplicar por dez seus resultados apenas com uma pequena orientação.
É fundamental não repetir os erros que muita gente já cometeu. Não desperdice esforços com pseudossoluções que já se mostraram ineficazes. Não gaste seu tempo reinventando a roda. Se for para cometer erros, pelo menos cometa erros diferentes.
O problema é que apenas uma minoria gosta de aprender. Pior: muita gente quer ensinar aquilo que não sabe. Isso costuma não funcionar muito bem.
Um dos ensinamentos que procuro passar aos meus filhos é que busquem um professor sempre que quiserem aprender algo importante. Existem cursos de informática, inglês, administração, tênis e milhões de outros para encurtar nosso caminho. Tempo é vida. E alguém que lhe transmite segredos facilita a procura.
Ao mesmo tempo, você se sente bem em relação à sua capacidade de aprender.
Se você encontrar alguém disposto a lhe ensinar algo, aproveite — e procure recompensá-lo. O tempo das pessoas é importante e precioso e alguém gastar seu tempo com você é algo muito especial. Então, não desperdice o tempo de ambos querendo ensinar seu professor, nem tentando cativá-lo pela simpatia. Ele não está lá para ser simpático ou bonzinho, mas para ajudar você a aprender o que ele sabe.
Grande abraço,
Roberto Shinyashiki.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
ACREDITO NAS PESSOAS
Breno Angellis
Acredito nas pessoas.
Especialmente naquelas em que habita algo mais
que a humanidade.
Aquelas que, às vezes, a gente confunde
com anjos e outras entidades
divinas....
Falo daquelas pessoas que existem em nossas vidas
e enchem nosso espaço com pequenas
alegrias e grandes atitudes...
Daquelas que te olham nos olhos quando precisam ser
verdadeiras, que tecem elogios, agradecem
e pedem desculpas com a mesma
simplicidade de uma
criança...
Pessoas que não precisam fazer jogos para conseguir
o que buscam, porque seus desejos são
realizados por suas ações
e reações, não por
seus caprichos...
Pessoas que fazem o bem e se protegem do mal,
apenas com um sorriso, uma palavra,
um beijo, um abraço,
uma oração...
Pessoas que atravessam as ruas, sem medo da luz
que existe nelas, caminham firmes e
levantam a cabeça em momentos
de puro desespero...
Pessoas que erram mais do que acertam,
aprendem mais do que ensinam
e vivem mais do que
sonham...
Pessoas que cuidam do seu corpo, porque este
os acompanhará até o fim.
Não ficam julgando gordos
ou magros, negros
ou brancos...
Pessoas, simplesmente pessoas, que nem sempre têm
certeza de tudo, mas acreditam sempre.
Transparentes, amigas, espontâneas,
até mesmo ingênuas...
Prefiro acreditar em relacionamento baseados em
confiança, serenidade, humildade
e sinceridade...
Prefiro acreditar naqueles encontros, que nos
transmitem paz e um pouco
de gratidão...
Prefiro acreditar em homens e mulheres, que
reverenciam a vida com a mesma
intensidade de um
grande amor...
Que passam pela Terra e deixam suas marcas,
suas lembranças, que deixam saudades
e não apenas rastros...
Homens e mulheres que habitam o perfeito
universo e a perfeita ordem
nele existente...
Homens e mulheres de alma limpa
e puros de coração.
terça-feira, 27 de julho de 2010
AMOR É PROSA, SEXO É POESIA
Sábado, fui andar na praia em busca de inspiração para meu artigo de jornal. Encontro duas amigas no calçadão do Leblon:
- Teu artigo sobre amor deu o maior auê... – me diz uma delas.
- Aquele das mulheres raspadinhas também... Aliás, que você tem contra as mulheres que barbeiam as partes? – questiona a outra.
- Nada... – respondo. – Acho lindo, mas não consigo deixar de ver ali nas partes dessas moças um bigodinho sexy... não consigo evitar... Penso no bigodinho do Hitler, do Sarney... Lembram um sarneyzinho vertical nas modelos nuas... Por isso, acho que vou escrever ainda sobre sexo...
Uma delas (solteira e lírica) me diz:
- Sexo e amor são a mesma coisa...
A outra (casada e prática) retruca:
- Não são a mesma coisa não...
Sim, não, sim, não, nasceu a doce polêmica ali à beira-mar. Continuei meu cooper e deixei as duas lindas discutindo e bebendo água-de-coco. E resolvi escrever sobre essa antiga dualidade: sexo e amor. Comecei perguntando a amigos e amigas. Ninguém sabe direito. As duas categorias trepam, tendendo ou para a hipocrisia ou para o cinismo; ninguém sabe onde a galinha e onde o ovo. Percebo que os mais “sutis” defendem o amor, como algo “superior”. Para os mais práticos, sexo é a única coisa concreta. Assim sendo, meto aqui minhas próprias colheres nesta sopa.
O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo isso. Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre de tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão posteriori pelos prazeres do sexo.
O amor vem depois, o sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.
No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições: não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrrário não acontece. Existe amor sem sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. sexo é posse. Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST. O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em “doação”. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio e veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas.
Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do “outro”; o sexo, no mínimo, precisa de uma “mãozinha”. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mas sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes e uma masturbação. Seco, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora. Amor é bossa nova; sexo é carnaval.
Não somos vítimas do amor, só do sexo. “O sexo é uma selva de epiléticos” ou “O amor, se não for eterno, não era amor” (Nelson Rodrigues). O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: “Faça amor, não faça a guerra”. Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provinciais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção. Sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controla-lo é programa-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias.
Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordel, FINGE-SE UM “AMORZINHO” PARA INICIAR. O amor está virando um “hors-d’oeuvre” para o sexo. O amor busca uma certa “grandeza”. O sexo sonha com as partes baixas. O PERIGO DO SEXO É QUE VOCÊ PODE SE APAIXONAR. O PERIGO DO AMOR É VIRAR AMIZADE. Com camisinha, há sexo seguro, MAS NÃO HÁ CAMISINHA PARA O AMOR. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados. Sexo precisa da novidade, da surpresa. “O grande amor só se sente no ciúme” (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta). E por aí vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá... e-mails de quem souber para o autor.
Arnaldo Jabor
Mulher Moderna!
A vida de mulher moderna é complicada, com muitos detalhes que se relacionam e que deixariam nossa bisavó cansada só de pensar.
Esse negócio de ser multi-facetada (a mulher de hoje é esposa, amante, mãe, profissional bem sucedida, tem dentes brancos, seios firmes, celulite sob controle, gosta de exercício físico e deseja a rotina sexual de uma garota de programa) é um saco!
Quem dá conta do recado?
Pô! Por que tem que ser tudo junto? Não dá para escolher uma linha de ação e se dedicar só a ela até alcançar a excelência? Não, não dá…
Quando você escolhe ser mãe e dona de casa por tempo integral, por exemplo, por mais que se esforce fica com a pecha de mulher sem iniciativa. Não adianta provar que exerce uma das atividades mais desafiadoras que existe, administrando (geralmente com poucos recursos) as finanças da família, os andamentos da casa e educando seres humanos até a vida adulta (gente! Eu disse educando! Vocês têm idéia da dificuldade apresentada?).
A maioria das pessoas – seu marido, seus conhecidos, as outras mulheres e, muitas vezes, você mesma! – ainda te olha como se você fosse uma parasita, preguiçosa, que vive às custas do homem.
Então, você escolhe ser uma profissional bem sucedida, se dedica aos estudos e à carreira e chega aos 35 anos no topo. Mas, você está solteira… nãnaninanão… “solteiro” é um termo usado para os homens. Você, que é mulher, está mesmo é encalhada. Ninguém te quis, é por isso que você não casou. Vai tentar provar, por A mais B, que você escolheu permanecer solteira! Ah… isso é papo de mulher encalhada, querendo se auto-consolar.
Por isso, a maioria da mulherada opta pelo “tudo-junto-ao-mesmo-tempo-agora”.
Você faz faculdade, já pensando na pós, no doutorado e no mestrado também, mas não descuida se pintar um compromisso afetivo sério, pois, afinal, se deixar pra mais tarde, pode ser que não apareça ninguém legal. Aí, a gente casa, provavelmente no espaço de tempo entre a pós e o doutorado. E não demora a encomendar os filhos, uma vez que o tempo corre contra nosso organismo, nossos óvulos envelhecem e a maternidade pode vir a se tornar algo impossível de se realizar.
É isso mesmo! Vivemos – a grande maioria das mulheres vive – atoladas até o pescoço e, numa parte substancial do tempo, nos sentindo ineficientes e culpadas. Não dá para ser “mãe excelente” e “profissional excelente”. Não dá tempo! Sim, aquele tempo medido no relógio mesmo, aquele mesmo tempo que divide nosso dia em 24 horas só.
Putz… quantos homens você vê lamentando que o dia tem só 24 horas? Compare, agora, com o número de mulheres que você vê fazendo isso. Acho que só esse exercício pode te dar uma pequena idéia do que estou falando.
Mas, não se esqueça que a mulher moderna é mais do que “mãe” e “profissional”. Ela também é uma “grande amante”. Isso! A libido não pode baixar! Mulher moderna e saudável tem a libido na estratosfera. Ah… é bom, também, que a gente saiba fazer um strip tease que deixe nosso parceiro uivando de tesão (hahahaha… dá pra acreditar nisso? é esta “aula” que encontramos na revista Nova desse mês).
Isso significa que, depois de mais ou menos dez horas de trabalho, quatro horas de estudo e uma hora e meia de academia de ginástica, a gente tem que chegar em casa, dar atenção de qualidade a nossos filhos (hahahaha… vou ter um treco de tanto rir), fazê-los dormir e, logo depois, colocar o maridão pra uivar de tesão. Que gracinha!
Cláudia Lira
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Ser vovó!
Ser vovó é uma gostosa sensação!
É tanto o prazer que ora se sente,
Que parece ser revivido pelo ventre
E vai se dimensionar no coração.
As alegrias sentidas quando mãe
São portanto, redobradas agora,
Vez que amor intenso e profundo,
No peito da vovó, nasce, aflora.
No momento de nos braços segurar
Tão pequenino ser junto ao coração,
Uma lágrima rola feliz para lembrar,
Neste mistério, a sua participação.
Ser vovó é uma das alegrias do mundo,
Na vida de quem a vida amadureceu
E a tudo que na vida levou tão a sério,
Vai mostrar que muita coisa esqueceu.
Essa indulgência que agora lhe compraz
É que faz dizerem que avó estraga neto;
Mas quem assim diz um dia vai saber
E quem dera nesta hora estar por perto!
Eri Paiva
domingo, 25 de julho de 2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Quase sessentona: sete perguntas que não querem calar
Por Katia Auvray -
A expressão soa parecida a um insulto: fulana já é quase sessentona. O que, exatamente, isto significa para as mulheres comuns - não as artistas - as que não passam os dias com um personal training, não usam Botox e que ficaram longe das clínicas de estética e mesas de cirurgia para puxar aqui e esticar acolá?
Para as que se preocupam com aquelas coisinhas básicas - tão femininas - quanto não abusar dos doces, controlar o aumento de uns quilinhos, uma roupa bonita, um pouco de maquiagem, um bom corte de cabelos, as unhas feitas semanalmente e, sim, um pouco de atividade física. A saúde? É ótima - nem aspirina toma. Planos? Muitos. Disposição? Em alta. Vá lá que a pele já não é tão lisinha, que leves manchas marrons salpiquem as mãos e que o corpo não seja um primor estético. Ah! E que sempre que possível, um sapatinho baixo ocupe, com um suspiro de satisfação, o lugar dos elegantes saltos altos.
Uma conhecida minha notava um certo cuidado dos amigos, quando citavam alguém como idoso - já pelos 60 anos - e que, ao olharem para ela, rapidamente minimizavam o comentário. Constrangedor. Só servia para aumentar suas dúvidas, entrincheiradas em aspectos triviais do cotidiano, como:
UM: Desejo voltar ao mercado de trabalho e tenho uma entrevista marcada. Não é constrangedor uma "quase sessentona" se apresentar ao lado da moçada (vejam o que virou) para disputar o trampo - ops - a vaga?
DOIS: Não sei se é adequado olhar gulosamente para um belo espécime. Será que ouvirei algo ofensivo ou ofensivo foi o meu olhar?
TRÊS: Virei avó - mas não me pareço nem um pouco com uma. Acho que uma visitinha de tempos em tempos é ótima. Todo dia? Aff, nem pensar!
QUATRO: Adoro roupas coloridas e modernas, chapéus, bonés e bijuterias. Devo usar outras coisas porque não tenho mais 25?
CINCO: Quando fico muito alegre obedeço (ainda) ao ímpeto de saltitar e gritar. Muita gente ficou boquiaberta (gostou? sim? não? sim?).
SEIS: Faço piadinhas cáusticas até sobre minhas próprias desgraças. Estou engraçadinha demais para a idade?
SETE: Sexo, sexo, sexo... Será que já passou o tempo? Muitos me olham como se tivesse virado anjo que, segundo a lenda, não tem sexo (que lamentável!).
No século 21, algumas respostas para estas e uma centena de outras questões são: "Seja você mesma". "Não importa a idade que você tem". "Idade é uma questão de cabeça, de estado de espírito". Bah!
Existe um fosso - para dizer o mínimo - entre os ótimos conselhos repetidos por uma infinidade de categorias profissionais e o dia-a-dia. A definição de "idoso" é mais controversa na prática do que as próprias controvérsias existentes nas leis, como a Constituição Federal, que menciona 65 anos, a Política Nacional do Idoso, cujo limite é de 60 - o mesmo adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - e o Código Penal, que estabelece a idade de 70 anos.
Os idosos (considerados a partir de 60 anos) são hoje 14,5 milhões de pessoas - 8,6% da população total do Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no último Censo, o de 2000. Esta população vive, em média, 68,6 anos e, estima-se, que em 2020 a expectativa de vida atinja mais de 70 anos, perfazendo 13% da população. Idosos não são importantes apenas porque engrossam índices. Grande parte deles chefia famílias - 62,4% dos homens e 37,6% das mulheres - somando 8,9 milhões de pessoas, fora 54,5% deles que vivem com os seus filhos e os sustentam.
Afora as indispensáveis e adequadas políticas desenvolvidas pelos governos e organismos internacionais para estabelecer os direitos dos idosos, entre outras questões, não seria razoável promover uma gigantesca campanha nacional que inculcasse na cabeça da população que, na prática, alguém quase sessentona pode oferecer muito mais do que bolos, reumatismo e toalhinhas de crochê?
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domingo, 18 de julho de 2010
domingo, 11 de julho de 2010
Sementes de Verdades
Não há luz que não espante a treva
Não há sorriso que não ilumine um semblante
Não há riso que não sane o mau humor
Não há amor que não desfaça o ódio
Não há perdão que não traga a cura
Não há humildade que não rebaixe o orgulho
Não há simplicidade que não enrugue a vaidade
Não há beleza interior que não nuble a beleza externa
Não há tolerância que não vença a ignorância
Não há persistência que não atinja um objetivo
Não há calma que não inferiorize a ira
Não há paciência que não dissolva a ansiedade
Não há coragem que não dissolva o medo
Não há serenidade que não desarme a agressão
Não há desprendimento que não ridicularize a avareza
Não há ambição bem dosada que não humilhe a ganância
Não há fé que não vença a rebeldia
Não há rendição que não cesse a guerra
Não há silêncio que não quebre a exaltação
Não há compreensão que não incomode o erro
Não há verdade que não derrube a mentira
Há olhos que observam os meus atos e também os teus:
não há atos que não sejam vistos
nem há pensamentos que não cheguem a Deus.
-Silvia Schmidt-
É PROIBIDO....
É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.
É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,
Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos
Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,
Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,
Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,
Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,
Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.
Desconheço autoria
Você pode...
Você pode curtir ser quem você é, do jeito que você for,
ou viver infeliz por não ser quem você gostaria.
Você pode assumir sua individualidade,
ou reprimir seus talentos e fantasias,
tentando ser o que os outros gostariam que você fosse.
Você pode produzir-se e ir se divertir, brincar, cantar e dançar,
ou dizer em tom amargo que já passou da idade
ou que essas coisas são fúteis sérias e bem situadas como você.
Você pode olhar com ternura e respeito para si próprio e para as outras pessoas, ou com aquele olhar de censura, que poda, pune, fere e mata,
sem nenhuma consideração para com os desejos,
limites e dificuldades de cada um, inclusive os seus.
Você pode amar e deixar-se amar de maneira incondicional,
ou ficar se lamentando pela falta de gente à sua volta.
Você pode ouvir o seu coração e viver aproximadamente
ou agir de acordo com o figurino da cabeça,
tentando analisar e explicar a vida antes de vivê-la.
Você pode deixá-la como está para ver como é que fica
ou com paciência e trabalho conseguir realizar
as mudanças necessárias na sua vida e no mundo à sua volta.
Você pode deixar que o medo de perder paralise seus planos
ou partir para a ação com o pouco que tem e muita vontade de ganhar.
Você pode amaldiçoar sua sorte,
ou encarar a situação como uma grande oportunidade
de crescimento que a Vida lhe oferece.
Você pode mentir para si mesmo,
achando desculpas e culpados para todas as suas insatisfações,
ou encarar a verdade de que, no fim das contas,
sempre você é quem decide o tipo de vida que quer levar.
Você pode escolher o seu destino e, através de ações concretas
caminhar firme em direção a ele, com marchas e contramarchas,
avanços e retrocessos, ou continuar acreditando
que ele já estava escrito nas estrelas
e nada mais lhe resta a fazer senão sofrer.
Você pode viver o presente que a Vida lhe dá,
ou ficar preso a um passado que já acabou
- e portanto não há mais nada a fazer -,
ou a um futuro que ainda não veio -
e que portanto não lhe permite fazer nada.
Você pode ficar numa boa,
desfrutando o máximo de coisas que você é e possui,
ou se acabar de tanta ansiedade e desgosto
por não ser ou não possuir tudo o que você gostaria.
Você pode engajar-se no mundo, melhorando a si próprio e,
por consequência, melhorando tudo que está à sua volta,
ou esperar que o mundo melhore
para que então você possa melhorar.
Você pode celebrar a Vida e a Energia Universal que o criou,
ou celebrar a morte, aterrorizado com a idéia de pecado e punição.
Você pode continuar escravo da preguiça,
ou comprometer-se com você mesmo
e tomar atitudes necessárias para concretizar o seu Plano de Vida.
Você pode aprender o que ainda não sabe,
ou fingir que já sabe tudo e não precisa de aprender nada mais.
Você pode ser feliz com a vida como ela é,
ou passar todo o seu tempo se lamentando pelo que ela não é.
A escolha é sua.
E o importante, é que você sempre tenha escolha.
Pondere bastante ao se decidir,
pois é você que vai carregar - sozinho e sempre -
o peso das escolhas que fizer.
Luis Borges
Não me perca...
Não me perca de vista...
Não deixe que eu desapareça da sua vida,
Antes de precisar de mim...
Não deixe que eu vá embora,
Sem antes saber quem sou
E quais são os meus sonhos...
Quem sabe não são os mesmos sonhos seus...
Quem sabe!!!
Não me perca de vista nunca...
Mesmo que não esteja interessado hoje,
Pode ser que um dia
Você tenha saudades de mim...
Não me deixe seguir sozinha essa estrada,
Sem antes saber se gostaria de ir também,
Sem antes descobrir que é exatamente
O caminho que você sempre procurou...
Não me perca...
Talvez só eu possa ser para você,
A esperada chegada,
O tão sonhado caso de amor,
A linda e infinita história,
A realidade mais sublime de se viver!!!
Mas não me perca...
Deixe eu ficar e esperar por você...
Esperar que você me chame,
Que você precise da minha companhia,
Que você tenha por mim todo o seu carinho,
Que você de repente descubra,
Que está me amando,
E que me agradeça por ter ficado ao seu lado...
Te Esperando!!!
Não me perca nunca...
Vilma Galvão
sábado, 10 de julho de 2010
Antes De Julgares
Antes de julgares,
saiba que teus olhos atentos aos possíveis
erros dos outros podem estar cegos
diante dos teus.
Antes de julgares,
percebe que aquilo que tanto recriminas hoje,
talvez precise ser a tua realidade de amanhã.
Antes de julgares,
repara que toda história tem duas versões
e duas versões são duas verdades.
Antes de julgares,
aceita que invariavelmente a uma parte,
por menor que seja, de uma história,
tu não terás acesso.
Antes de julgares,
entende que não serão mil bocas que
te esclarecerão qualquer coisa, elas apenas te confundirão.
Antes de julgares,
escuta o silêncio,
ele costuma fornecer grandes dados.
Antes de julgares,
observa os olhos, eles são mais reveladores
do que as bocas.
Eles deixam provas irrefutáveis da verdade.
Antes de julgares,
presta atenção à tua volta.
Quantos foram condenados injustamente
por mestres em julgamento?
Antes de julgares,
lembra que tu mesmo já foste vítima
de calúnias e por vezes não tiveste
como te defender delas.
Antes de julgares,
olha-te no espelho,
observa com atenção o teu semblante,
pensa na tua vida pregressa e questiona-te
se estás em condição de julgar alguém.
Antes de julgares,
recorda-te que Cristo foi julgado,
condenado e crucificado sem direito à defesa.
- Silvana Duboc-
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Fora de Moda
Se não estivesse fora de moda eu ia falar de amor. Daquele amor sincero, olhos nos olhos, frio no coração, aquela dorzinha gostosa de ter muito medo de perder tudo. Daqueles momentos que só quem já amou um dia conhece bem. Daquela vontade de repartir, de conquistar todas as coisas. Mas não para prendê-las no egoísmo material da posse. Mas para doá-las no sentimento nobre de amar.
Se não estivesse fora de moda eu ia falar de sinceridade. Sabe, aquele negócio antigo de fidelidade, respeito mútuo e outras coisas mais. Aquela sensação que embriaga mais que a bebida, que é ter numa pessoa só, tudo o que procuramos em muitas.
Se não tivesse fora de moda eu ia falar em amizade. Na amizade que deve existir entre duas pessoas que se querem. O apoio, a solidariedade de uns pelas coisas dos outros e vice-versa. A união do sentimentos, a dedicação de compreender para depois gostar.
Se não estivesse tão fora de moda eu ia falar em família. Sim, família! Essa instituição que atualmente vive a beira da falência, sofrendo contínuas e violentas agressões. Pai, mãe, irmãos, irmãs, filhos, lar... Um canto de paz no mundo, o aconchego da morada, a fonte do descanso.
E depois eu ia até falar algo como felicidade. Mas é pena a felicidade, há muito tempo esteja fora de moda. Sabe: me sinto feliz por estar fora de moda e você? Também está fora de moda como eu?
Autor desconhecido
sábado, 3 de julho de 2010
sexta-feira, 2 de julho de 2010
A lição da mosca
Certa vez, duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e
valente e logo nadou até a borda do copo. Mas, como a superfície era muito
lisa e suas asas estavam molhadas, não conseguiu escapar.
Acreditando que não havia saída, desanimou, parou de se debater e afundou.
Sua companheira, apesar de não ser tão forte, era tenaz; por isso continuou
a se debater e a lutar. Aos poucos, com tanta agitação, o leite ao seu redor
formou um pequeno nódulo de manteiga, onde ela subiu e conseguiu levantar
vôo para longe.
Tempos depois, a mosca tenaz, por um descuido, caiu novamente em um copo,
desta vez cheio de água. Imaginando que já conhecia a solução para aquele
problema, começou a se debater na esperança de que, no devido tempo, se
salvasse. Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da outra, pousou
na beira do copo e gritou:
Tem um canudo ali, nade até lá e suba.
A mosca tenaz respondeu:
Pode deixar que eu sei como resolver esse problema.
E continuou se debatendo, mais e mais, até que, exausta, afundou na água.
Moral da história: soluções do passado, em contextos diferentes, podem se
transformar em problemas. Quantas vezes, baseados em experiências
anteriores, deixamos de observar as mudanças ao nosso redor e ficamos
lutando inutilmente até afundar em nossa própria falta de visão? Criamos uma
confiança equivocada e perdemos a oportunidade de repensar nossas
experiências.
Ficamos presos a velhos hábitos que nos levaram ao sucesso e perdemos a
oportunidade de evoluir... Os donos do futuro sabem reconhecer essas
transformações e fazer as mudanças necessárias para acompanhar a nova
situação.
Fonte: Robberto Shinyashiki, no livro "Os Donos do Futuro"
quinta-feira, 1 de julho de 2010
O Bem mais Precioso
Conta o folclore europeu que há muitos anos atrás um rapaz e uma moça apaixonados, resolveram se casar.
Dinheiro eles quase não tinham, mas nenhum deles ligava para isso.
A confiança mútua era a esperança de um belo futuro, desde que tivessem um ao outro.
Assim, marcaram a data para se unir em corpo e alma.
Antes do casamento, porém, a moça fez um pedido ao noivo :
-- Não posso nem imaginar que um dia possamos nos separar.
Mas pode ser que com o tempo um se canse do outro, ou que você se aborreça e me mande de volta para meus pais.
-- Quero que você me prometa que, se algum dia isso acontecer, me deixará levar comigo o bem mais precioso que eu tiver então.
O noivo riu, achando bobagem o que ela dizia, mas a moça não ficou satisfeita enquanto ele não fez a promessa por escrito e assinou.
Casaram-se, decididos a melhorar de vida, ambos trabalharam muito e foram recompensados.
Cada novo sucesso os fazia mais determinados a sair da pobreza, e trabalhavam ainda mais.
E o tempo passou e o casal prosperou.
Conquistaram uma situação estável e cada vez mais confortável, e finalmente ficaram ricos.
Mudaram-se para uma ampla casa, fizeram novos amigos e se cercaram dos prazeres da riqueza.
Mas, dedicados em tempo integral aos negócios e aos compromissos sociais, pensavam mais nas coisas do que um no outro.
Discutiam sobre o que comprar, quanto gastar, como aumentar o patrimônio, mas estavam cada vez mais distanciados entre si.
Certo dia, enquanto preparavam uma festa para amigos importantes, discutiram sobre uma bobagem qualquer, e começaram a levantar a voz, a gritar, e chegaram às inevitáveis acusações.
-- Você não liga para mim! - gritou o marido
-- Só pensa em você, em roupas e jóias.
-- Pegue o que achar mais precioso, como prometi, e volte para a casa dos seus pais.
Não há motivo para continuarmos juntos.
A mulher empalideceu e encarou-o com um olhar magoado, como se acabasse de descobrir uma coisa nunca suspeitada.
-- Muito bem, disse ela baixinho. Quero mesmo ir embora.
Mas vamos ficar juntos esta noite para receber os amigos que já foram convidados.
Ele concordou.
A noite chegou. Começou a festa, com todo o luxo e a fartura que a riqueza permitia.
Alta madrugada o marido adormeceu, exausto.
Ela então fez com que o levassem com cuidado para a casa dos pais dela e o pusessem na cama.
Quando ele acordou, na manhã seguinte, não entendeu o que tinha acontecido.
Não sabia onde estava e, quando sentou-se na cama para olhar em volta, a mulher aproximou-se e disse-lhe com carinho :
-- Querido marido, você prometeu que se algum dia me mandasse embora eu poderia levar comigo o bem mais precioso que tivesse no momento.
-- Pois bem, você é e sempre será o meu bem mais precioso.
Quero você mais que tudo na vida, e nem a morte poderá nos separar.
Envolveram-se num abraço de ternura e voltaram para casa mais apaixonados do que nunca.
O egoísmo, muitas vezes, nos turva a visão e nos faz ver as coisas de forma distorcida.
Faz-nos esquecer os verdadeiros valores da vida e buscar coisas que têm valor relativo e passageiro.
Importante que, no dia-a-dia, façamos uma análise e coloquemos na balança os nossos bens mais preciosos e passemos a dar-lhes o devido valor.
fanny
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