quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Leve numa boa...Não crie tantas expectativas.
Para iniciar esse artigo é válido lembrar que homens e mulheres possuem funcionamentos distintos em praticamente todas as circunstâncias da vida, em especial as que envolvem questões emocionais. Nesse campo, podemos dizer que se alojam os maiores conflitos entre os gêneros, e habitualmente os mais difíceis de serem solucionados.
Mulheres são historicamente mais sonhadoras e idealizadoras do que os homens, seja pela sua natureza, por questões culturais, seja porque possuem um canal afetivo mais aberto e transparente. Os homens, por sua vez são mais práticos, objetivos e pragmáticos, e ainda que se envolvam profundamente com alguém não perderão essas características e tampouco as mulheres as suas.
Praticamente todos os estudos antropológicos apontam para um comportamento similar entre os povos. Os homens saem à caça enquanto as mulheres cuidam da prole e do bem estar familiar.
Com as mudanças históricas muitas mulheres também começaram a sair para "caçar" e se tornaram provedoras, sem que para tanto perdessem o aspecto subjetivo que tão bem as define como protetoras e cuidadoras do lar.
Existem, portanto e desde sempre, diferenças fundamentais entre os gêneros e elas aparecem em inúmeras situações da vida, no dia a dia; em especial na maneira como homens e mulheres reagem frente a essas vivências.
Pesquisas indicam cada vez mais que eles e elas processam de forma diferente as informações relacionadas a eventos emocionais. Como por exemplo, podemos comentar sobre os momentos que precedem um encontro, eles marcam bastante uma dessas diferenças: Como as mulheres se preparam e como lidam com as expectativas, seus anseios, suas preocupações, a ansiedade. Muitas exigem que estejam sem falhas e mais próximas possível do que imaginam que o homem espera delas. Algumas já começam a sonhar desenfreadamente e criam todo um cenário ideal. Outras ficam muito ansiosas. Já algumas conseguem lidar de forma menos intensa.
Homens, por sua vez criam expectativas bem menores, suas características nesse momento os auxilia, e muito, a não perderem o foco e nem o controle, enquanto elas ficam ansiosas e potencializam seus recursos de sedução, cuidando das roupas, cabelo, perfume... Os homens, ainda que vaidosos, não depositam tanta importância nesses detalhes e apostam mais na sua capacidade natural de agradar e seduzir.
Ainda que existam e sempre existirão essas tais diferenças e por mais impossível que seja anulá-las, é importante que se tome cuidado para não exagerar e perder o limite. Alguns sentimentos em dose errada podem colocar tudo a perder e comprometer o desdobramento de algo que poderia ser bom se não fosse a sobrecarga de emoções.
Um encontro, para que seja bom e promissor dependerá de muito mais do que se pode controlar. Claro que vale se sentir preparada, bonita e segura, mas é sempre importante ter em mente que não podemos antecipar o que o outro irá sentir e qual avaliação ele terá do encontro, isso porque ele poderá estar atento a um detalhe que você não imaginava e que importa para ele.
Um encontro é acima de tudo subjetivo. Depois do interesse estabelecido, o resto do jogo será regido por aspectos muitas vezes desconhecidos, é o que se chama de empatia e entrosamento, é algo que simplesmente acontece e que não se controla. Portanto, é valioso cuidar para que a ansiedade e a expectativa exageradas não atropelem esse caminho tão natural entre os casais. Sonhar, desejar, querer muito que dê certo faz parte do processo, mas não pode abafar sua espontaneidade, a naturalidade, e, acima de tudo a aposta em si mesma e no seu potencial, que habitualmente basta para que alguém se interesse por uma pessoa.
O autocontrole é fundamental para evitar atropelos e para promover chances maiores de um encontro enriquecedor e harmonioso.
Juliana Amaral
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